è O que é?
Com o avanço da agricultura, o homem necessitava cada vez mais de ferramentas que o auxiliassem nas diversas etapas do trabalho. Tarefas como a moagem dos grãos e o bombeamento de água exigiam cada vez mais esforço braçal e animal. Isso levou ao desenvolvimento de uma forma primitiva de moinho de vento, utilizada no beneficiamento dos produtos agrícolas, que constava de um eixo vertical acionado por uma longa haste presa a ela, movida por homens ou animais caminhado numa gaiola circular. Existia também outra tecnologia utilizada para o beneficiamento da agricultura onde uma gaiola cilíndrica era conectada a um eixo horizontal e a força motriz (homens ou animais) caminhava no seu interior.
Esse sistema foi aperfeiçoado com a utilização de cursos d’água como força motriz surgindo, assim, as rodas d’água. Historicamente, o uso das rodas d’água precede a utilização dos moinhos de ventos devido a sua concepção mais simplista de utilização de cursos naturais de rios como força motriz. Como não se dispunha de rios em todos os lugares para o aproveitamento em rodas d’água, a percepção do vento como fonte natural de energia possibilitou o surgimento de moinhos de ventos substituindo a força motriz humana ou animal nas atividades agrícolas.
O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento de água e moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de 200 A.C.. Esse tipo de moinho de eixo vertical veio a se espalhar pelo mundo islâmico sendo utilizado por vários séculos. Acredita-se que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia, a China (por volta de 2000 A.C.) e o Império Babilônico (por volta 1700 A.C) também utilizavam cata-ventos rústicos para irrigação (CHESF-BRASCEP, 1987). (SHEFHERD, 1994)
Mesmo com baixa eficiência devido a suas características, os cata-ventos primitivos apresentavam vantagens importantes para o desenvolvimento das necessidades básicas de bombeamento d’água ou moagem de grãos, substituindo a força motriz humana ou animal. Pouco se sabe sobre o desenvolvimento e uso dos cata-ventos primitivos da China e Oriente Médio como também dos cata-ventos surgidos no Mediterrâneo. Um importante desenvolvimento da tecnologia primitiva foram os primeiros modelos a utilizarem velas de sustentação em eixo horizontal encontrados nas ilhas gregas do Mediterrâneo.
Um importante marco para a energia eólica na Europa foi a Revolução Industrial no final do Século XIX. Com o surgimento da máquina a vapor, iniciou-se o declínio do uso da energia eólica na Holanda. Já no início do século XX, existiam apenas 2.500 moinhos de ventos em operação, caindo para menos de 1.000 no ano de 1960(CHESF-BRASCEP, 1987). Preocupados com a extinção dos moinhos de vento pelo novo conceito imposto pela Revolução Industrial, foi criada, em 1923, uma sociedade holandesa para conservação, melhoria de desempenho e utilização mais efetiva dos moinhos holandeses.
è Como é produzida?
O vento gira uma hélice gigante conectada a um gerador que produz eletricidade. Quando vários mecanismos como esse - conhecido como turbina de vento - são ligados a uma central de transmissão de energia, temos uma central eólica. A quantidade de energia produzida por uma turbina varia de acordo com o tamanho das suas hélices e, claro, do regime de ventos na região em que está instalada. E não pense que o ideal écontar simplesmente com ventos fortes. "Além da velocidade dos ventos, éimportante que eles sejam regulares, não sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como tufões", diz o engenheiro mecânico Everaldo Feitosa, vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica.
è Países que produzem
Atualmente, a energia eólica é utilizada em larga escala no mundo. Na última década, sua evolução demonstra sua aceitação como fonte geradora, com tendências de crescimento expressivo relativamente às matrizes energéticas dos paises que a utilizam. Hoje, existem mais de 30.000MW de capacidade instalada no mundo. A maioria dos projetos está localizada na Alemanha, Dinamarca, Espanha e Estados Unidos.
Na Dinamarca, a contribuição da energia eólica equivale a 12% da energia elétrica total produzida no país; no norte da Alemanha, região de Schleswig Holstein, a contribuição eólica já passou de 16%; e a União Européia tem como meta, até 2030, gerar 10% de toda eletricidade a partir do vento.
O Brasil tem grande potencial eólico: cerca de 140 gigawatts, segundo o Atlas Eólico Brasileiro publicado pelo CEPEL (Centro de Pesquisas Elétricas da Eletrobrás), concentrado principalmente nas regiões litorâneas, sobretudo na região nordeste.
è Custos
A eletricidade gerada a partir dos ventos ajuda a disseminar tecnologia de ponta pelo Brasil
Num país em que 90% da eletricidade consumida é gerada por hidrelétricas, as chamadas fontes alternativas de energia sempre desempenharam um papel marginal. Esse quadro vem mudando rapidamente com a entrada em cena de sistemas que produzem eletricidade a partir da biomassa (qualquer matéria de origem vegetal), da luz solar e do vento. No caso da energia eólica (dos ventos), o crescimento do setor tem sido de 25% de acordo com dados do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica (CRSE). Além de gerar energia limpa (não poluente), as usinas eólicas estão auxiliando na disseminação de tecnologia de ponta pelo país, já que geralmente utilizam turbinas de última geração e outros equipamentos sofisticados.
Num país em que 90% da eletricidade consumida é gerada por hidrelétricas, as chamadas fontes alternativas de energia sempre desempenharam um papel marginal. Esse quadro vem mudando rapidamente com a entrada em cena de sistemas que produzem eletricidade a partir da biomassa (qualquer matéria de origem vegetal), da luz solar e do vento. No caso da energia eólica (dos ventos), o crescimento do setor tem sido de 25% de acordo com dados do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica (CRSE). Além de gerar energia limpa (não poluente), as usinas eólicas estão auxiliando na disseminação de tecnologia de ponta pelo país, já que geralmente utilizam turbinas de última geração e outros equipamentos sofisticados.
Integrante da equipe do Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE), o engenheiro Alexandre Pereira explica que a utilização da energia eólica em escala comercial começou há pouco mais de 30 anos. Na década de 70, com o início da crise mundial do petróleo, houve um interesse de países europeus e dos Estados Unidos em desenvolver máquinas para produção de eletricidade que diminuíssem a dependência do petróleo e carvão. “Com isso, mais de 50 mil empregos foram criados e uma forte indústria de componentes e equipamentos se desenvolveu”, diz Pereira.
De acordo com o Ministério das Minas e Energia (MME), o custo de geração da energia eólica ainda é um dos mais caros entre as tecnologias renováveis em nível comercial.
Entretanto, o custo do aerogerador (a turbina movida pelo vento), responsável por cerca de 70% do investimento, continua a cair com o aprimoramento tecnológico e a melhoria da eficiência das máquinas. “Essa redução do custo é assegurada, também, por meio da existência de um mercado mundial crescente, que, nos últimos 15 anos, quadruplicou sua potência instalada, passando de 10 gigawatts (GW) para 40 GW”, explica a Diretora de Energias Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Laura Porto.
De acordo com o Ministério das Minas e Energia (MME), o custo de geração da energia eólica ainda é um dos mais caros entre as tecnologias renováveis em nível comercial.
Entretanto, o custo do aerogerador (a turbina movida pelo vento), responsável por cerca de 70% do investimento, continua a cair com o aprimoramento tecnológico e a melhoria da eficiência das máquinas. “Essa redução do custo é assegurada, também, por meio da existência de um mercado mundial crescente, que, nos últimos 15 anos, quadruplicou sua potência instalada, passando de 10 gigawatts (GW) para 40 GW”, explica a Diretora de Energias Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Laura Porto.
Hoje, existem mais de cem anemógrafos (medidores de velocidade do vento) computadorizados espalhados pelo Brasil. Um levantamento do CRSE mostrou que é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas. Análises dos recursos eólicos mostram a possibilidade de geração elétrica com custos da ordem de US$ 70 a US$ 80 por MW/hora. Atualmente, a situação da energia eólica no mundo está em amplo crescimento. Há mais de 30 mil turbinas de grande porte em funcionamento no mundo, com capacidade instalada de aproximadamente 31,1 mil MW.
è Prós e Contras
As vantagens consistem em a energia eólica ser a mais limpa do planeta (não emitem poluentes), estar disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, ser renovável e não exaurir recursos naturais em seu uso e ter custo reduzido em relação a outras opções de energia. Apesar do custo dos geradores eólicos ser alto, a energia do o vento não custa nada como insumo e as plantas eólicas se pagam em curto prazo.
E com o crescimento do uso deste tipo de energia, os geradores tendem a se tornarem mais baratos e eficientes.
Compare o impacto da construção de uma hidrelétrica como Itaipu, que tem 14 mil MW instalados, com o impacto gerado na Alemanha, o maior produtor de energia eólica do mundo, com uma capacidade instalada de 16 mil MW, e se vai notar as vantagens ecológicas uso do vento.
Mas as fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais: além de alterar paisagens com suas torres e hélices, podem ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de migração. Também há a emissão de de ruído (de baixa freqüência), que pode causar algum incômodo e podem interferir na transmissão de televisão.
E com o crescimento do uso deste tipo de energia, os geradores tendem a se tornarem mais baratos e eficientes.
Compare o impacto da construção de uma hidrelétrica como Itaipu, que tem 14 mil MW instalados, com o impacto gerado na Alemanha, o maior produtor de energia eólica do mundo, com uma capacidade instalada de 16 mil MW, e se vai notar as vantagens ecológicas uso do vento.
Mas as fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais: além de alterar paisagens com suas torres e hélices, podem ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de migração. Também há a emissão de de ruído (de baixa freqüência), que pode causar algum incômodo e podem interferir na transmissão de televisão.
è No Brasil
Em 2009 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 158 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010) .Para se ter uma idéia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca de 120 GW e, em 2008, 59 GW.
Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte emenergia elétrica.
A capacidade de geração de energia eólica no Brasil foi de 606 megawatts (MW) em 2009, onde houve um aumento de 77,7% em relação ao ano anterior. A capacidade instalada em 2008 era de 341 MW. O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.
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